Ainda que a forte chuva tenha cessado na
tarde da última quinta-feira, os efeitos ainda eram sentidos um dia
depois pelos moradores da passagem Hortinha, no bairro do Marco. Com a
rua tomada de um extremo a outro pela água e pelo lodo, o único local
possível de trânsito dos pedestres era a calçada elevada.
Equilibrando-se pelo caminho de blocos de
concretos improvisados na lateral da passagem, que fica entre as
travessas Mauriti e Mariz e Barros, o eletricista Mendes da Silva já
está acostumado a ver a rua onde mora tomada pela água. Morador do local
já há 36 anos, ele afirma ter visto a situação piorar nos últimos cinco
anos. “Isso já fica assim direto. Isso daí, só desobstruindo o canal
para melhorar”, acredita. "A última vez que essa água baixou tem uns
quatro dias. Ela não baixa mais, não. Sempre que chove, enche e só baixa
depois de três, quatro dias e, se nesse meio tempo chover de novo, aí
que não baixa mesmo”.
Também auxiliado pelas calçadas elevadas
para conseguir sair e entrar em casa, o motorista Carlos Alberto Amorim
espera que um dia o problema seja resolvido pelos que têm competência
para tal. “Passa até mais de três dias para secar isso. O período das
chuvas já passou, o verão já chegou e a gente continua nessa situação.
As pessoas que tinham que resolver isso, que são os governantes, não
resolvem e a gente vai ficando”, ressalta, indignado. “Antes chovia, mas
não demorava muito já secava. Agora estamos vivendo nessa permanência
aqui. Isso aqui já ficou permanente”.
Através de nota encaminhada pela assessoria,
a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) afirmou que “está
trabalhando de forma integrada com o governo de Estado, que já iniciou
trabalhos para execução de obras de macrodrenagem no canal do Tucunduba”
e que “as intervenções solucionarão em até 18 meses os problemas de
saneamento e alagamento nos bairros Terra Firme, Guamá, Marco
e Canudos”.
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