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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Empresa do navio que naufragou será processada


Empresa do navio que naufragou será processada (Foto: Fernando Araújo/Arquivo)
Área do porto de Vila do Conde, em Barcarena, onde o navio Haidar afundou, em outubro do ano passado, segue interditada (Foto: Fernando Araújo/Arquivo)
A Associação Brasileira dos Exportadores de Bovinos e Bubalinos (ABEBB) vai entrar na Justiça contra os responsáveis pelo naufrágio do navio Haidar, ocorrido há mais de 4 meses, no porto de Vila do Conde, em Barcarena, com 5 mil bois. O objetivo é ressarcir as em presas associadas à entidade pelos prejuízos causados pelo acidente, que praticamente paralisou o setor.
Adriano Caruso, presidente da ABEBB: “O Governo do Pará não tomou atitudes contra os verdadeiros culpados” 
Associação Brasileira dos Exportadores de Bovinos e Bubalinos quer punir culpados pelo acidente do navio Haidar. E critica a postura do Governo do Pará. (Foto: Divulgação)
Adriano Caruso, presidente da associação, ressalta que, desde o naufrágio do navio de bandeira libanesa, uma das empresas associadas à ABEBB vem tendo prejuízos. “A firma estava embarcando para a Jordânia, no período do naufrágio. Ao saber do ocorrido, o cliente cancelou a encomenda”, diz Caruso. Segundo ele, a empresa já havia comprado milhares de bois que estavam no estabelecimento Pré-Embarque (EPE), com gastos de alimentação, transporte e manejo. Estima-se que o prejuízo apenas dessa empresa ultrapasse os R$ 6 milhões.
Caruso destaca que a responsabilidade deve ser imputada a quem causou a tragédia e a todos os envolvidos na operação. Ou seja, as empresas envolvidas em todo o embarque, que, segundo o presidente da ABEBB, “devem se responsabilizar pela retirada urgente do navio Haidar do fundo do rio, independentemente das negociações com a seguradora, dos prejuízos causados às famílias e dos comerciantes que vivem na região.
Para Caruso, a Companhia Docas do Pará (CDP) vem fazendo sua parte. Ele declara, ainda, que um naufrágio como o ocorrido em Vila do Conde nunca ocorreu em nenhum lugar do mundo. Portanto, não havia como elaborar um plano de contingência específico. “A posição do ministro dos Portos, Helder Barbalho, também foi correta, proibindo os embarques das empresas envolvidas no naufrágio, até a solução do problema. O ministério vem pagando a conta que não é de sua responsabilidade”, diz.

EQUÍVOCOS
Caruso afirma que o Governo liberou o embarque de 50 mil bois, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas), sob um argumento equivocado: o de que esse contingente estaria à espera de embarque. Nova liberação só ocorreria após a apresentação do plano de contingência. “Isso não existe. Esse número foi colocado por outra associação, da qual faz parte a exportadora envolvida no naufrágio. A Semas não se certificou se realmente existiram esses 50 mil bois”, afirma Caruso. 
Para ele, pode ter existido uma manobra para convencer a secretaria a liberar essa quantidade, para ganhar tempo. O plano de contingência da CDP, segundo o presidente da ABEBB, não pode ser elaborado de uma hora para outra. “A Semas errou, ao paralisar as exportações de gado vivo. Trata-se de um projeto mais complexo, que necessita de tempo para ser feito.”

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