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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Jatene corta orçamento de combate ao Aedes


Jatene corta orçamento  de combate ao Aedes  (Foto: Betina Carcuchinskip)
Enquanto o País se une para combater dengue e zika, o governador corta verbas que seriam usadas na luta contra epidemias (Foto: Betina Carcuchinskip)
Só este ano, o Pará já registrou 16 casos de zika. E já são quase 40 episódios suspeitos de microcefalia relacionados à doença, no Estado, com duas mortes. Os números são da própria Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). E ainda há os milhares de paraenses que já contraíram dengue. Zika, dengue e chikungunya - como todo brasileiro já aprendeu - são males causados pelo mosquito Aedes aegypti. A situação é, portanto, muito grave. O governador do Pará, porém, não parece muito preocupado com os dados da sua Secretaria de Saúde.
Terrenos abandonados são focos do Aedes. E Jatene ainda cortou verbas de combate ao problema. (Foto: Fernando Araújo)
No ano passado, Simão Jatene aplicou um corte de 7% nas verbas destinadas ao combate de epidemias no Estado. Tecnicamente chamados de “ações de vigilância epidemiológica”, esses programas incluem, entre outras coisas, campanhas de prevenção a enfermidades e combate propriamente dito aos vetores, como o Aedes aegypti, o maior perigo para a saúde do brasileiro atualmente. 
Todos os especialistas são unânimes num ponto que parece óbvio, mas que, pelo visto, não causa preocupação ao governador do Pará: cortar investimentos no combate a doenças favorecerá o aumento do número de pessoas infectadas. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o infectologista Kleber Luz, diretor da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, afirmou que “a redução da vigilância pode ser responsável pelo aumento da incidência de casos de dengue, zika e chikungunya”. 

BONS EXEMPLOS
Em sentido contrário ao de Jatene, outros governadores, atentos à gravidade do cenário atual, aumentaram as verbas de combate à dengue, zika e chikungunya em seus Estados. De todo o Brasil, o Estado que registrou maior aumento de investimentos na luta contra epidemias foi Goiás, com acréscimo de 38% no orçamento. Minas Gerais (6%) e Rio de Janeiro (5%) também optaram por gastar mais com saúde. 
Para deixar Jatene ainda mais em dívida para com o povo do Pará, até Estados do Norte elevaram suas verbas de combate a epidemias. No Acre, por exemplo, o aumento nesse orçamento foi de 23%. A mesma atitude tiveram Roraima e Amazonas, com acréscimo de 15% e 3%, respectivamente. Nosso governador, para o desespero da população, tem outras prioridades, como torrar dinheiro público com publicidade, setor que consumiu R$ 216 milhões dos cofres do Estado, nos últimos 5 anos.
SEM RESPOSTA
Procurada pela reportagem do DIÁRIO, a Secretaria de Estado de Saúde não se pronunciou sobre a redução nas verbas de combate a epidemias no Pará.

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