Nos dias de sol forte, todo o cuidado é pouco. A sombrinha é sempre uma boa escolha (Foto: Mauro Ângelo)
A temperatura
média de Belém, durante o ano, é de 26º C. Em julho, o calor fica mais
intenso, com a máxima podendo chegar a 32º C. Por isso, a região é
propícia para a ocorrência de problemas de saúde ocasionados pela
extensa exposição a raios solares. Entre eles, está o câncer de pele,
considerado por especialistas o tipo de câncer mais comum no País. Esse
tipo de câncer é causado pela radiação solar, que faz com que células da
pele se multipliquem de forma errada, o que pode gerar uma série de
outros problemas.
Segundo a médica cirurgiã
oncologista Ana Paula Borges, há dois tipos principais de câncer de
pele: o melonoma, que é mais raro, porém mais grave; e os não-melonoma,
mais comuns e menos letais. “A incidência do melonoma é pequena, de
apenas 3% no Brasil, sendo ainda menor no Pará. Mas ele é muito grave,
devido sua alta possibilidade de metástase, e pode levar a morte”,
continua a cirurgiã.
Ela explica que a
incidência em pessoas mais brancas é maior, visto que a melanina acaba
protegendo peles mais escuras. Além disso, existe uma predisposição
genética. “Se já houve casos de melonoma em familiares anteriormente, é
preciso ficar mais atento”, ela alerta.
Já os cânceres não
melanoma são principalmente os carcinoma basocelular ou espinocelular.
Não são considerados letais, mas podem causar lesões e deformidades na
pele, sobretudo nos braços e rostos, que são regiões mais comumente
atingidas. Pessoas que possuem queimaduras externas e outros tipos de
feridas crônicas devem tomar ainda mais cuidados, pois estão mais
vulneráveis a desenvolver o problema.
PROTEJA-SE
Como formas de proteção, a
médica indica a utilização de coberturas, como chapéus e sombrinhas,
além de óculos de sol e muito protetor solar. “Protetores de fator acima
de 50 são os melhores para protegerem contra esse tipo de radiação.
Principalmente no sol alto das 10h até as 15h”, orienta. Além disso, a
médica chama a atenção para o cuidado com as crianças, que deve ser
ainda maior. “É uma fase em que elas acumulam muita radiação”, explica. A
médica garante ainda que o diagnóstico precoce é o melhor curso de ação
para curar o câncer. “As chances são de 90% de cura se for tratado
ainda no início”, assegura.
Mesmo sob o sol, muitos Belenenses não procuram se proteger
Nas ruas, o DIÁRIO
ouviu belenenses para saber se eles costumam se proteger. A estudante
Luciane Souza, 14 anos, diz que tem sempre cuidado com o sol. “Passo
protetor quase sempre e uso óculos escuro pra sair quando tá quente e
chapéu também”.
Já a técnica em logística
Rafaela Souza, 27, diz que é meio desligada. “Confesso que não tomo
muito cuidado não. Mas uso óculos pra proteger a vista e costuma andar
de sombrinha. Hoje até esqueci de trazer o protetor pra ir pra
Mosqueiro, vou ter que comprar lá.”
O promotor de
vendas Jonathan Brasil, 25, diz que mudou de hábito após ter problemas
na pele. “Eu não costumava me cuidar. Mas tive um problema que deixou
minha pele descascando, foi quando comecei a ter mais atenção”, lembra.
“Hoje uso protetor, ando de óculos. Quando vou a praia, fico sempre numa
parte mais coberta.”
Cuidado com o sol
- Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV
ultrapassam o material.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão.
- Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV
ultrapassam o material.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão.
- Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
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