Buracos, falta de sinalização e muita poeira
são os acompanhantes constantes dos motoristas, passageiros, peões de
fazendas e todas as pessoas que trafegam pela PA-150 e PA-449. A PA-150,
com cerca de 400 quilômetros passando por seis municípios, de Moju até
Marabá, é considerada uma das mais importantes rodovias para o
escoamento da produção local.
No trecho que liga o município de Goianésia
do Pará a Tailândia, uma placa de obras do governo estadual indica que
seriam investidos mais de R$ 20 milhões em obras do chamado refúgio, ou
acostamento, tão necessário para quem viaja diariamente por essa
rodovia. A obra deveria ter sido iniciada em junho deste ano e o prazo
estipulado para a finalização das obras seria de 180 dias. Mas os
moradores de Goianésia, que transitam pela rodovia, desconhecem este
investimento.
Outro trecho crítico está localizado no
município de Jacundá. Com o asfalto todo comprometido, a rodovia está
cheia de buracos, com pontes com obras de recuperação ainda não
iniciadas e com desvios já oferecendo riscos aos condutores. O trecho em
questão já foi anunciado na propaganda do governo como se já estivesse
concluído.
LUTA DIÁRIA
LUTA DIÁRIA
O caminhoneiro Antônio Ribeiro conhece bem a
situação. Ele dirige frequentemente pela PA-150, transportando leite da
localidade Novo Paraíso, em Cuiabá (MT), para a cidade de Tucumã. Para
ele, o problema maior são os custos que tem com peças de reposição e de
manutenção do caminhão. “O veículo não suporta tanto buraco. São muitos
danos, porque corta muito o pneu”, comentou. “Infelizmente, é desse
jeito: a gente paga os impostos e o que recebe é a rodovia assim,
horrível de se trafegar”, enfatizou o caminhoneiro.
Os motoristas de ônibus também têm sofrido ao conduzir os passageiros das cidades de Goianésia para localidades mais distantes no sul do
Os motoristas de ônibus também têm sofrido ao conduzir os passageiros das cidades de Goianésia para localidades mais distantes no sul do
Pará, como Xinguara e Tucumã. Na
quinta-feira, o motorista Mauro Silva teve problemas com o freio do
veículo. Na sexta-feira, foi a vez do vazamento de óleo de freio, tudo
por conta dos buracos.
Ivan Maria de Souza, que também é motorista
de ônibus, reclama da situação e relata que isso tem prejudicado muito
as viagens que realiza todo dia, de Goianésia para Tucumã. “Há muito
sofrimento aqui para motoristas e passageiros. Carro quebra, manutenção
cara, é muito complicado viajar assim, todo dia”, desabafa ele.
A PA-150 possui aproximadamente 165
quilômetros de extensão. Foi construída para facilitar o escoamento da
produção do sul, sudeste e nordeste do Pará, através do porto de Vila do
Conde, integrando todos os municípios por onde passa e adjacências.
Ao todo, foram anunciados R$ 380 milhões, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para recuperação do trecho da rodovia, que inclui acostamentos e novas pontes. Mas até agora isso não saiu do papel.
HISTÓRICO
Ao todo, foram anunciados R$ 380 milhões, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para recuperação do trecho da rodovia, que inclui acostamentos e novas pontes. Mas até agora isso não saiu do papel.
HISTÓRICO
Denominada rodovia Paulo Fontelles, a PA-150
liga os municípios de Goianésia a Marabá. Começa no entrocamento da
PA-475 com a PA-263, e passa pelos municípios de Goianésia do Pará,
Jacundá, Nova Ipixuna até chegar em Marabá.
Por muito tempo, a PA-150 foi considerada a
estrada-tronco do Pará: formou um importante eixo de integração com
outras rodovias, como a BR-155; BR-158 (Marabá/Redenção/Santana do
Araguaia), na divisa com o estado do Mato Grosso; BR-222 (Marabá/Dom
Eliseu), no entroncamento com a BR-010 (Belém-Brasília); e a BR-153
(Marabá a São Geraldo do Araguaia), na divisa com o Tocantins.
Além disso, a PA-150 proporciona acesso à
BR-230, interligando o leste ao oeste do Estado, bem como ao restante da
região Norte na direção à região Nordeste brasileira. Também liga-se a
Tucuruí, via PA-263, a Tomé-Açu, através das PA-256/475, ao Acará, pelas
PA-475/252, a Abaetetuba, via PA/252 e ao Arapari, através da PA-151.
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