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domingo, 24 de agosto de 2014

Buracos em vias dificultam a vida no sul do Pará

Buracos, falta de sinalização e muita poeira são os acompanhantes constantes dos motoristas, passageiros, peões de fazendas e todas as pessoas que trafegam pela PA-150 e PA-449. A PA-150, com cerca de 400 quilômetros passando por seis municípios, de Moju até Marabá, é considerada uma das mais importantes rodovias para o escoamento da produção local.
No trecho que liga o município de Goianésia do Pará a Tailândia, uma placa de obras do governo estadual indica que seriam investidos mais de R$ 20 milhões em obras do chamado refúgio, ou acostamento, tão necessário para quem viaja diariamente por essa rodovia. A obra deveria ter sido iniciada em junho deste ano e o prazo estipulado para a finalização das obras seria de 180 dias. Mas os moradores de Goianésia, que transitam pela rodovia, desconhecem este investimento.
Outro trecho crítico está localizado no município de Jacundá. Com o asfalto todo comprometido, a rodovia está cheia de buracos, com pontes com obras de recuperação ainda não iniciadas e com desvios já oferecendo riscos aos condutores. O trecho em questão já foi anunciado na propaganda do governo como se já estivesse concluído.

LUTA DIÁRIA
O caminhoneiro Antônio Ribeiro conhece bem a situação. Ele dirige frequentemente pela PA-150, transportando leite da localidade Novo Paraíso, em Cuiabá (MT), para a cidade de Tucumã. Para ele, o problema maior são os custos que tem com peças de reposição e de manutenção do caminhão. “O veículo não suporta tanto buraco. São muitos danos, porque corta muito o pneu”, comentou. “Infelizmente, é desse jeito: a gente paga os impostos e o que recebe é a rodovia assim, horrível de se trafegar”, enfatizou o caminhoneiro.
Os motoristas de ônibus também têm sofrido ao conduzir os passageiros das cidades de Goianésia para localidades mais distantes no sul do
Pará, como Xinguara e Tucumã. Na quinta-feira, o motorista Mauro Silva teve problemas com o freio do veículo. Na sexta-feira, foi a vez do vazamento de óleo de freio, tudo por conta dos buracos.
Ivan Maria de Souza, que também é motorista de ônibus, reclama da situação e relata que isso tem prejudicado muito as viagens que realiza todo dia, de Goianésia para Tucumã. “Há muito sofrimento aqui para motoristas e passageiros. Carro quebra, manutenção cara, é muito complicado viajar assim, todo dia”, desabafa ele.
A PA-150 possui aproximadamente 165 quilômetros de extensão. Foi construída para facilitar o escoamento da produção do sul, sudeste e nordeste do Pará, através do porto de Vila do Conde, integrando todos os municípios por onde passa e adjacências.
Ao todo, foram anunciados R$ 380 milhões, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para recuperação do trecho da rodovia, que inclui acostamentos e novas pontes. Mas até agora isso não saiu do papel.

HISTÓRICO
Denominada rodovia Paulo Fontelles, a PA-150 liga os municípios de Goianésia a Marabá. Começa no entrocamento da PA-475 com a PA-263, e passa pelos municípios de Goianésia do Pará, Jacundá, Nova Ipixuna até chegar em Marabá. 
Por muito tempo, a PA-150 foi considerada a estrada-tronco do Pará: formou um importante eixo de integração com outras rodovias, como a BR-155; BR-158 (Marabá/Redenção/Santana do Araguaia), na divisa com o estado do Mato Grosso; BR-222 (Marabá/Dom Eliseu), no entroncamento com a BR-010 (Belém-Brasília); e a BR-153 (Marabá a São Geraldo do Araguaia), na divisa com o Tocantins.
Além disso, a PA-150 proporciona acesso à BR-230, interligando o leste ao oeste do Estado, bem como ao restante da região Norte na direção à região Nordeste brasileira. Também liga-se a Tucuruí, via PA-263, a Tomé-Açu, através das PA-256/475, ao Acará, pelas PA-475/252, a Abaetetuba, via PA/252 e ao Arapari, através da PA-151.

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